AC ecards 2021-22 formacao2

Com o objectivo de capacitar os agentes culturais do Algarve em matérias como a deficiência e a gestão cultural e ainda o recurso da audiodescrição, a Acesso Cultura, com o apoio da Direcção Regional de Cultura do Algarve, irá realizar duas acções no próximo mês de Dezembro.

A participação será gratuita, mediante inscrição (ficha de inscrição). O local das acções será o Auditório da Direcção Regional de Cultura do Algarve em Faro.

Deficiência e gestão cultural
13 de Dezembro
Horário: 9h30-12h30 e 14h-17h           
Formadora: Maria Vlachou

Em Portugal, especial atenção tem sido dada nos últimos anos ao acesso das pessoas com deficiência à oferta cultural. Com a implementação de serviços como a interpretação em Língua Gestual Portuguesa (LGP), a audiodescrição (AD) ou as sessões descontraídas (SD), vários (mais ainda poucos) espaços culturais e artistas procuram criar condições de acesso para que pessoas com necessidades específicas, assim como os seus familiares e amigos, possam juntos usufruir da oferta. Um outro aspecto, com menor expressão ainda em Portugal, é aquele que procura incluir as pessoas com deficiência nas equipas dos espaços culturais ou programá-las como artistas. Estas questões estão interligadas: ter acesso a um espaço cultural e à sua oferta, conhecer, usufruir e talvez considerar uma carreira nessa área. São estes os diversos aspectos do trabalho de uma organização cultural que procuraremos abordar. Quando a inclusão e a diversidade são vistas de uma forma mais holística, surgem múltiplas e diversas oportunidades criativas.

Introdução à audiodescrição
14 de Dezembro
Horário: 9h30-12h30 e 14h-17h             
Formadora: Anaísa Raquel

Não são poucas as pessoas que pensam que os cegos não têm interesse em visitar exposições ou assistir a espectáculos. A verdade é que o interesse existe, a prática também, mas muitas vezes a experiência não é plenamente usufruída por quem não vê devido à ausência do serviço de audiodescrição. Neste curso será discutida a importância da audiodescrição para a criação de uma cultura mais inclusiva e acessível; serão debatidas as diferentes abordagens à construção e prestação deste serviço; serão apresentados os diferentes passos para a inclusão deste serviço na programação de um museu, galeria, teatro, sala de espectáculos; serão vistos guiões de audiodescrição adaptados a várias manifestações artísticas e culturais. Este curso não forma audiodescritores, mas permite aos profissionais da cultura entenderem melhor o potencial e a logística necessária para a disponibilização do serviço.

Ficha de inscrição

 

Com o apoio de

drcalg

Notas biográficas

Anaísa Raquel é actriz e audiodescritora. Frequenta neste momento o Mestrado em Artes Performativas – Teatro na Escola Superior de Teatro e Cinema. Em 2009, estou audiodescrição com a actriz e audiodescritora brasileira Graciela Pozzobon, tendo recebido uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 2010 criou o projecto AUDIODESCRIÇÃO.PT – ouço, logo vejo, do qual fez parte até Janeiro de 2014. Em 2011 esteve responsável como audiodescritora no primeiro encontro nacional de audiodescrição com a Iris Inclusiva. Tem vindo a desenvolver projectos que integrem a audiodescrição nos espectáculos de dança, teatro e museus do nosso país, através da AR Produções. Tem sido ainda responsável pela audiodescrição das Marchas de Lisboa e do Festival da Eurovisão na RTP.

Maria Vlachou é consultora em Gestão e Comunicação Cultural. Membro fundador e Directora Executiva da associação Acesso Cultura. Autora do blog Musing on Culture (e do livro homónimo), onde escreve sobre cultura, gestão e comunicação cultural, públicos, acesso. Gestora da página de Facebook Museum texts / Textos em Museus e co-gestora do blog Museums and Migration. Participou no projecto europeu RESHAPE – Reflect, Share, Practice, Experiment, sendo membro do grupo “Arts and Citizenship”. Membro do Conselho Consultivo do Solidarity in Action Network. Foi Directora de Comunicação do São Luiz Teatro Municipal (2006-2012) e Responsável de Comunicação do Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva (2001-2006). Membro dos corpos gerentes do ICOM Portugal (2005-2014) e editora do seu boletim. Foi consultora do Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva e da Comissão Cultural da Marinha. Colaborou com os programas Descobrir e Próximo Futuro da Fundação Calouste Gulbenkian. Fellow e membro do ISPA – International Society for the Performing Arts (2018, 2020). Alumna do DeVos Institute of Arts Management at the Kennedy Center for the Performing Arts (Washington, 2011-2013); Mestre em Museologia pela University College London (1994), tendo realizado estágios no Petrie Museum of Egyptian Archaeology e no Natural History Museum; Licenciada em História e Arqueologia (Universidade de Ioannina, 1992).

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