A segunda edição da mostra AMPLA realiza-se nos dias 3 a 5 de Março na Culturgest, em Lisboa. Esta mostra apresenta uma selecção de filmes premiados em 2022 nos principais festivais de cinema, tais como Curtas Vila do Conde, IndieLisboa, MOTELX e MONSTRA. Todos os filmes têm audiodescrição, interpretação em Língua Gestual Portuguesa e legendagem em português. Haverá também sessões descontraídas. Mais informações aqui.

​No âmbito desta segunda edição da AMPLA, a Acesso Cultura co-organiza um debate sobre “Representatividade no cinema”. Será no dia 24 de Fevereiro, das 18h30 às 20h na Culturgest e a entrada é livre (sujeita à lotação da sala). Haverá interpretação em Língua Gestual Portuguesa e legendagem ao vivo. As pessoas convidadas para este debate são: 

  • Zé Luís Rebel, fundador da GestoFilmes Estúdios
  • Inês Cóias, actriz e performer
  • Mia Meneses de Morais, actriz

A moderação será da responsabilidade de Joana Reais.

O recente protesto de artistas trans no teatro São Luiz colocou no centro das atenções a questão da representatividade nas artes performativas. Esta questão diz respeito também a artistas com deficiência e Surdos. A sua quase total ausência dos ecrãs levanta diversas questões: Estas pessoas/artistas existem? Têm trabalho e fazem o quê? Têm a oportunidade de se formar profissionalmente? Têm a oportunidade de interpretar papéis que não sejam apenas de personagens identificados como tendo uma deficiência ou sendo Surdos? Quais as condições de trabalho que encontram no sector? E o que falta fazer?

Bionotas

Inês Cóias é actriz e performer. Formou-se na Escola Profissional de Teatro de Cascais (2013-2016) e na Escola Superior de Teatro e Cinema (2016-2020). Concluiu o seu estágio profissional como actriz estagiária no Teatro Nacional D. Maria II (temporada de 2020-2021). Ao longo dos anos tem colaborado em projectos como actriz/performer com os seguintes artistas: Diana de Sousa (2022), Tiago Vieira (2021), Ana Borralho e João Galante (2021), Gonçalo Amorim (2020/2022), Diana Niepce (2021), entre outros. Actualmente, trabalha como actriz/performer independente.

Joana Reais é cantora, performer, pesquisadora e oradora frequente em conferências sobre o sector artístico. Especialista em Inclusão pela Arte, dirige concertos, masterclasses e palestras em cidades como Lisboa, Amesterdão, São Paulo e Buenos Aires. Intérprete da companhia de dança inclusiva CIM/Voarte; co-criadora e co-encenadora de performances inclusivas na Unidade de Artes da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental de Matosinhos; curadora do premiado projecto comunitário europeu “Conversas”; organizadora e dinamizadora de acções de capacitação e sensibilização, do norte ao sul do país, com a equipa de acessibilidades da Associação Salvador. Licenciada em Design de Comunicação pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (Portugal, 2009); Alumna do Conservatorium Van Amsterdam variante Jazz (Holanda, 2010); Alumna da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (Brasil, 2019); Mestre em Artes Performativas: Teatro-Música, pela Escola Superior de Teatro e Cinema da Universidade de Lisboa (Portugal, 2014).

Mia Meneses de Morais é actriz. Nascida a 23 de Março de 1990 com sequelas de uma paralisia cerebral neonatal. Os médicos deram dias de vida, no entanto, 32 anos depois continua a lutar pelo que mais gosta: o Teatro. Estudou no Liceu Francês Charles Lepierre, em Lisboa. Ensino básico e secundário no ensino português, altura em que decide estudar Teatro, ingressando no curso profissional de Artes do Espectáculo no Liceu Passos Manuel. Chegada à faculdade, frequenta o curso em Ciências da Comunicação na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da
Universidade Nova de Lisboa, onde ainda dá início ao Mestrado em Artes Cénicas. Rapidamente percebe que o seu percurso iria passar pelas tábuas. Ingressando no Mestrado em Artes Performativas na Escola Superior de Teatro e Cinema, escreveu, encenou e representou o seu projecto final, Bloco 11. Em Teatro trabalhou com: José Boavida (responsável pelo estágio profissionalizante na Sociedade de Instrução Guilherme Cossoul), Luís Miguel Cintra (Narciso ou o Namorado de si Mesmo, Teatro do Bairro Alto – Cornucópia), Carlos Pessoa (O Papão Lusitano, Teatro da Garagem), Ana Borralho e João Galante (Atlas – S. Luiz Teatro Municipal), Nuno Pinheiro (Carta – Auditório Municipal Eunice Muñoz), Adriana Melo (Get Out Of The Closet), Diana Niepce (Duetos – Biblioteca de Marvila) e recentemente com Dinis Machado (The Rite Of Spring. Tender Memories Of Queer Affection – Teatro do Bairro Alto).

Zé Luís Rebel formou-se em Multimédia na área do Audiovisual. Fundou a GestoFilmes Studios, um estúdio de cinema independente que se dedica à produção de filmes com legendas e língua gestual. Tem mais de 20 anos de experiência em filmagem e edição de vídeo, sendo realizador e produtor de filmes. Realizou curtas-metragens e documentários para exibição em plataformas online, como forma de dar a conhecer a comunidade surda e a sua língua gestual. É um grande cinéfilo, apreciador de fotografia, de arquitetura urbana, de urbanismo, performances, cenários, expressões faciais e corporais. Tem o sonho de trabalhar em estúdios de cinema onde possa envolver-se em grandes produções cinematográficas, participar em mostras e festivais de cinema para os debates e construir um feedback acessível. Os seus projetos mais recentes são com a Durchstarten em Berlim, com o projeto Beyond Signs da Associação Vo’arte em Lisboa (com participação em Zagreb e em Milão) e Arte & Olhar da Associação Tin.Bra em Braga.

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