21 February, terça-feira, das 17h às 18h (hora de Lisboa)
Online, no Zoom
Participação gratuita. A conversa será conduzida em inglês, sem tradução.
Ficha de inscrição
Soubemos da existência do Museum of British Colonialism através de uma reportagem do canal Al Jazeera intitulada “A very British way of torture”. Trata-se de uma rede e uma plataforma criada por voluntários em 2018. Procura tornar visíveis histórias reprimidas e marginalizadas e dar lugar a vozes sub-representadas para desafiar mitos prejudiciais. Não tem uma colecção física, mas cria, partilha e age como um repositório de recursos digitais que destacam experiências vividas do colonialismo britânico. Teremos connosco nesta conversa Chao Tayiana, co-fundadora do museu.
Foi também em 2018 que o AfricaMuseum, próximo de Bruxelas, reabriu ao público depois de cinco anos de renovação.Conhecido como “o último museu colonial do mundo”, tem vastas colecções de antropologia cultural e história, biologia e geociências. Na altura da reabertura, o seu recém-reformado director, Guido Gryseels, afirmava frontalmente: “Temos responsabilidades por ter transmitido a gerações e gerações de Belgas uma mensagem colonialista, quase inspirada no racismo: que a civilização branca é superior à civilização negra.” Teremos connosco Marie-Reine Iyumva, jornalista e membro da equipa de serviços ao público do museu.
Bionotas
Chao Tayiana é especialista em património digital e investigadora em humanidades digitais. Trabalha na intersecção entre história, digitalização e educação pública. Usa as tecnologias digitais para desenterrar narrativas históricas anteriormente ocultas ou suprimidas, torná-las acessíveis a um público amplo e permitir que as comunidades se envolvam com a sua herança cultural. É formada em ciências da computação e estudos do património e tem uma vasta experiência de trabalho no sector cultural em diversas funções. É fundadora do African Digital Heritage, co-fundadora do Museum of British Colonialism e co-fundadora do projecto Open Restitution Africa.
Marie-Reine Iyumva é formada em jornalismo e trabalha nos serviços públicos do AfricaMuseum (Tervuren), como colaboradora do programa de parcerias. O seu trabalho centra-se principalmente em dar acesso às colecções para o público. Durante vários anos, Marie-Reine trabalhou como jornalista e esteve também envolvida em organizações anti-racistas e feministas. Esta experiência ajuda-a no seu trabalho com as diferentes organizações da sociedade civil envolvidas com o AfricaMuseum.