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O que representa o museu activista? Como é que expressa? De quem é a visão que representa: do director, de toda a equipa, do Conselho de Administração? Reconhece a divergência de opiniões entre os membros da equipa e como é que a gere? Estas são algumas das preocupações que gostaríamos de abordar neste debate, procurando possíveis caminhos a seguir, desafiando a ideia persistente de um museu “neutro” ou “apolítico”.
Os nossos convidados:
Cristina Lleras é uma curadora independente colombiana. Actualmente, é curadora do Museu de Bogotá, museu municipal administrado pelo governo na capital colombiana. Chefiou a equipa curatorial e educativa do Museu da Memória da Colómbia e colaborou, cmo curadora, com a Comissão da Verdade, bem como com a Comissão Nacional de Reparação e Reconciliação. Trabalhou como curadora de arte e de história no Museu Nacional da Colómbia e foi Gestora de Artes Visuais do Instituto Distrital de Artes. Obteve o seu Doutoramento em Museum Studies pela University of Leicester. Os seus interesses de investigação integram a representação do passado em museus nacionais, representação e pedagogia do trauma e dos direitos humanos, reparação simbólica e a relação entre história e arte contemporânea.
Richard Sandell é Professor de Museum Studies e Director do Reserach Centre for Museums and Galleries (RCMG) da University of Leicester. Através do RCMG, trabalha com diversas instituições culturais em projectos que geram novos olhares e promovem o pensamento e a prática em torno de seus papéis sociais, responsabilidades e agência. Colaborações recentes deram forma a novas galerias – como “Being Human” na Wellcome Collection em Londres – e grandes programas públicos nacionais – como “Prejudice and Pride” com a National Trust. Em 2017, publicou “Museums, Moralities and Human Rights”, que explora como os museus, as galerias e patrimónios de todos os tipos – por meio das narrativas que constroem e apresentam publicamente – contribuem para moldar o clima moral e político em que os direitos humanos são vividos, procurados e defendidos, realizados e recusados. Em 2019, publicou uma grande colecção editada internacionalmente, “Museum Activism”, com Robert Janes, que explora a “mudança activista” no pensamento e na prática do museu e defende o museu com propósito social.