20220113_activist museum_event

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Os museus costumam dizer que estão abertos a todos. Sendo obrigados a admitir que nem “todos” respondem ao convite, procuram investir na “criação de públicos”, desenvolvem programas de “outreach” e organizam actividades “especiais” para pessoas “especiais”. Como disse Foucault, os museus trabalham com a lógica de inclusão da exclusão, onde claramente o outro está incluído como “o outro” – e, desejavelmente, não será muito intrusivo, muito visível, muito perturbador.

Se os museus desejam honestamente ir além das narrativas controladas, generosamente oferecidas às “minorias”, é preciso colocar algumas questões:

  • Quem são “todos”?
  • O que é necessário para realmente abrir as portas e dar as boas-vindas às pessoas num museu inclusivo?
  • Qual pode ser o papel de “todos” no museu – como membros do público e como membros da equipa?
  • Como é que os museus podem trabalhar em torno de narrativas múltiplas, mesmo contraditórias?

Juntem-se a nós no dia 13 de Janeiro às 18h30 WET (Lisboa) | 19h30 CET (Madrid) | 13h30 EST (Toronto) para um debate com Armando Perla (Chief Curator da Cidade de Toronto, Canadá) e María Acaso (Directora de Educação do Museo Reina Sofia, Madrid, Espanha). O debate será conduzido em inglês.

Notas biográficas

Armando Perla é Chief Curator da cidade de Toronto, no Canadá. Fez parte da equipa fundadora do Canadian Museum for Human Rights; professor assistente do Master of Museum Studies da Universidade de Toronto; consultor internacional em museus, direitos humanos e inclusão social para a cidade de Medellín na Colómbia e gestor do projecto do Swedish Museum of Migration and Democracy na Suécia. É director dos conselhos executivos da Canadian Museums Association e da International Committee on Ethical Dilemmas (IC-Ethics) do Conselho Internacional de Museus (ICOM). Actualmente, é curador de uma exposição sobre memória histórica para o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) em El Salvador. Tendo-se licenciado em Direito – antes de ingressar no sector de museus -, Armando Perla trabalhou na área dos direitos humanos na América do Norte, América Latina e Europa.

María Acaso é uma produtora cultural cujos projectos procuram desafiar as divisões entre arte y educação, o académico e o popular, a teoría e a prática; desenvolver uma educação contemporânea e transformar os formatos de transmissão do conhecimento. Socia fundadora do colectivo Pedagogías Invisibles, actualmente é a Directora da Área de Educação do Museo Reina Sofía.