Vejam todos os debates da série
O que significa “activismo” para alguém da área da curadoria? Como é que uma pessoa especialista, vista como “autoridade”, entende o seu papel dentro do museu – uma das instituições em que, de acordo com diferentes estudos americanos, o público mais confia? Como lida com o poder que o seu conhecimento lhe dá e que responsabilidades é que este traz numa organização que está ao serviço da sociedade?
Juntem-se no dia 9 de Dezembro, às 18h30 WET (Lisboa | Londres) para debater estas questões com Jessica Hallett (curadora do Museu Calouste Gulbenkian e do projecto O Poder da Palavra) e Sussan Babaie (professora no The Courtauld Institute of Art), que tivemos a oportunidade de ouvir recentemente na Summer School do Museu Calouste Gulbenkian (Curating as pedagogy: university students and the museum).
Notas biográficas
Jessica Hallett é curadora para o Médio Oriente no Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa. A sua tese de doutoramento (Oxford, 1999) deu origem à exposição Iraq and China. Ceramics, trade and innovation na Arthur M. Sackler Gallery, Smithsonian, Washington (2004). Jessica foi curadora de várias exposições em Lisboa, incluindo Culturas do Oceano Índico (Museu Nacional de Arte Antiga, 1998), O Tapete Oriental em Portugal (Museu Nacional de Arte Antiga, 2007) e, mais recentemente, O Gosto Pela Arte Islâmica, 1869-1939 (Museu Calouste Gulbenkian, 2019 – Prémio APOM “Melhor Exposição”), que abordou a actividade de Calouste Gulbenkian como coleccionador num contexto geopolítico. Os seus projectos actuais incluem O Poder da Palavra, uma iniciativa de curadoria participativa na Galeria do Oriente Islâmico, juntamente com a catalogação da famosa colecção de tapetes de Calouste Gulbenkian, com Clara Serra. Jessica é licenciada em Química Analítica e traz frequentemente a ciência para o seu trabalho, especialmente em cerâmica, tecidos e tapetes.
Sussan Babaie lecciona sobre arte iraniana e artes islâmicas no The Courtauld, University of London. Foi curadora de exposições no Metropolitan Museum of Art e nos Museus Universitários de Harvard e Michigan. Neste momento, é co-curadora de uma exposição para a Royal Academy. A sua investigação sobre o início do período moderno inclui tópicos sobre arquitectura, urbanismo e urbanidade, sobre as condições transculturais de produção artística, sexualidade e aspectos sensoriais de visão e gosto. Escreve também sobre arte moderna e contemporânea do Irão, incluindo sobre Shirin Neshat (2013 e, em breve, em 2021), Slavs and Tatars (2017) e Honar: The Afkhami Collection of Modern and Contemporary Iranian Art (2017).