26 de Novembro de 2025
Online, 14h30-17h30
Com Lúcia Vicente
A série da Netflix “Adolescence” trouxe para o vocabulário de muitos adultos a palavra “incels” (involuntary celibate – celibatário involuntário) e, com ela, uma realidade tão perturbadora que em vários países (Reino Unido, Países Baixos, Bélgica) foi decidido que a série seria exibida nas escolas.
O mundo das subculturas extremistas disseminadas nos canais sociais da internet, que promovem um determinado discurso contemporâneo sobre género e relacionamentos, é muito maior: redpills, blackpills, tradwives, princess treatment, trophy wives, wives of the manosphere, men going their own way, feminine imperative… Já ouviram falar?
As ideologias que promovem este discurso misógino e machista estão, progressivamente, a chegar aos jovens e crianças da nossa sociedade, provocando uma serie de questionamentos e comportamentos retrógrados e desafiadores das liberdades individuais. Na sua maioria, as pessoas adultas não têm conhecimento sobre estas comunidades, a linguagem simbólica utilizada ou os canais de comunicação que utilizam. Discutiremos as consequências sociais e culturais destas comunidades, incluindo a normalização de comportamentos tóxicos e discursos de ódio.
Conteúdos
Breve introdução sobre a relevância do assunto no contexto atual.
Definições e contextualização
- Redpills: O que é a filosofia redpill e como se relaciona com a masculinidade tóxica.
- Incels: Definição do termo, as origens e implicações sociais.
- #TradWife: O conceito de mulheres tradicionais e o ideal de submissão.
Impactos sociais e culturais
- Como essas comunidades afetam as relações de género?
- Análise de casos reais e estatísticas sobre violência e discriminação.
- Reflexão sobre a normalização do discursos de ódio.
Público-alvo
Mediadores culturais, profissionais da cultura em geral
Preçário
Normal: €17
Estudante/Desempregado: €15
Associado da Acesso Cultura: €12
Ficha de inscrição
Bionota
Lúcia Vicente nasceu em outubro de 1979, à beira da Ria Formosa, em Faro, no sul de Portugal, numa família cheia de mulheres. Cedo se questionou sobre o papel da mulher na sociedade e por que razão os livros de História nunca mencionavam mulheres. Até hoje não conseguiu responder a estas questões, apesar da licenciatura em História. Com tendência para mudar de localidade de 10 em 10 anos: a última vez, farta de gente, saiu de Berlim direitinha para um monte alentejano, onde vive com o seu companheiro, filha e os seus dois cães, o Johnny e o Cash. Já teve milhões de ofícios. Os seus favoritos são ser escritora-poeta e dedicar-se à educação para os feminismos. Em 2018 publicou o seu primeiro livro para crianças, Portuguesas com M grande– os livros de princesas sempre lhe provocaram urticária. Do dia que passa e além-mar, publicado em abril de 2025 pela Editora Minimalista, é o seu primeiro livro de poesia ficcional. A sua frase preferida é: Morra o patriarcado, morra! Pim!
