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Com Anaísa Raquel

Não são poucas as pessoas que pensam que as pessoas com deficiência visual não têm interesse em visitar exposições ou assistir a espectáculos. A verdade é que o interesse existe, a prática também, mas muitas vezes a experiência não é plenamente usufruída por quem não vê devido à ausência do serviço de audiodescrição. Nesta acção de capacitação, será discutida a importância da audiodescrição para a criação de uma cultura mais inclusiva e acessível; serão debatidas as diferentes abordagens à construção e prestação deste serviço; serão apresentados os diferentes passos para a inclusão deste recurso na programação de um museu, galeria, teatro, sala de espectáculos; serão vistos guiões de audiodescrição.

Nota: Esta acção de capacitação não forma audiodescritores, mas permite aos profissionais da cultura entenderem melhor o potencial e a logística necessária para a disponibilização do recurso.

Públicos-alvo

Profissionais de museus, teatro, dança; pessoas que trabalham em Serviços Educativos ou que realizam visitas guiadas.

Nota biográfica

Anaísa Raquel, para além da sua actividade como actriz, criou, em 2010, um projecto que daria inicio à primeira equipa de audiodescrição no activo em Portugal, instruída pela audiodescritora Graciela Pozzobon, da Lavoro Produções. Desde esse ano que a sua equipa já audiodescreveu inúmeros projectos artísticos e culturais, tais como: Padrão dos Descobrimentos, Museu Nacional de Arqueologia, Museu Internacional de Escultura de Santo Tirso, British Council, Quinta da Regaleira, Coleção Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Museu Nacional Ferroviário, Museu do Ar – Polo Sintra e Polo Alverca, Teatro Nacional São João, Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Municipal São Luiz, Lu.Ca, Yellowstar Company, Teatro Municipal José Lúcio da Silva, Cine-Teatro Louletano, Terra Amarela, Formiga Atómica, Culturgest, CCB, entre muitos outros. Tem sido formadora para a Acesso Cultura dos cursos de Introdução de Audiodescrição e de Formação de Audiodescritores.

É seu objectivo maior, através do recurso de audiodescrição, tornar as manifestações artísticas e culturais em todo o país mais acessíveis a pessoas com deficiência visual e dar a este público a devida autonomia e acesso pleno à cultura.