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Em Portugal, a maioria das organizações culturais entende como “missão” a descrição do que faz. Assim, temos muitos – tantos – museus que coleccionam, preservam, estudam e expõem; ou muitos – tantos – teatros que apresentam peças de teatro e dança, realizam concertos e tertúlias, etc. Raramente, no entanto, se questionam sobre o porquê fazem o que fazem, qual o seu propósito, qual a sua razão de existir. E quem sentiria a sua falta se fechassem amanhã…

Uma definição concreta de missão – curta, clara, concisa – permite orientar o trabalho, investir bem os recursos existentes, cumprir objectivos e dar resposta às necessidades e exigências das comunidades em que estamos inseridos e afirmamos estar a servir.

No seguimento do seminário realizado em Abril e Maio de 2020, e por sugestão dos formandos, iremos agora realizar este curso de forma a aprofundar conceitos e olhar para casos do estudo (os nossos e os dos outros) de forma mais crítica. Este curso pretende ser mais prático, promover uma discussão dinâmica e reflectir de forma concreta sobre a realidade dos formandos, as organizações em que trabalham e aquelas cuja actividade acompanham.

Pressupõe também algum trabalho de casa, pelo que apresentamos aqui a estrutura, para os interessados poderem decidir se têm disponibilidade para participar:

Estrutura

Sessão 1: Missão
O quê? Porquê?
Benefícios
Casos de estudo

Sessão 2: Como se comunica a missão? Por quem?
Liderança
Equipas
Casos de estudo

Sessão 3: Apresentações – a minha organização favorita
Qual a percepção que tenho dela? Onde e como se manifesta/expressa a sua missão?
(trabalho preparado previamente, apresentado na sessão com todos)

Sessão 4: Discussões em pares – Percepções internas e externas
Apresento a minha organização: pontos fortes e fracos
Como eu vejo a tua organização? Pontos fortes e fracos
(trabalho preparado previamente, apresentado na sessão com todos)

Sessão 5: Uma missão para a minha organização
Tentativa de escrita de uma missão curta, clara e concisa
(trabalho preparado previamente, apreciado na sessão com todos)

Público-alvo

Profissionais com responsabilidades na área da direcção e gestão de espaços culturais, comunicação, serviços educativos, relações públicas

Preçário

Normal: €65
Estudante/desempregado: €55
Associado da Acesso Cultura: €45

Nota biográfica

Maria Vlachou é consultora em Gestão e Comunicação Cultural. Membro fundador e Directora Executiva da associação Acesso Cultura. Autora do blog Musing on Culture (e do livro homónimo), onde escreve sobre cultura, gestão e comunicação cultural, públicos, acesso. Gestora da página de Facebook Museum texts / Textos em Museus e co-gestora do blog Museums and Migration. Participa actualmente no projecto europeu RESHAPE – Reflect, Share, Practice, Experiment, sendo membro do grupo “Arts and Citizenship”.

Foi Directora de Comunicação do São Luiz Teatro Municipal (2006-2012) e Responsável de Comunicação do Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva (2001-2006). Membro dos corpos gerentes do ICOM Portugal (2005-2014) e editora do seu boletim. Foi consultora do Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva e da Comissão Cultural da Marinha. Colaborou com os programas Descobrir e Próximo Futuro da Fundação Calouste Gulbenkian. Fellow e membro do ISPA – International Society for the Performing Arts (2018, 2020). Alumna do DeVos Institute of Arts Management at the Kennedy Center for the Performing Arts (Washington, 2011-2013); Mestre em Museologia pela University College London (1994), tendo realizado estágios no Petrie Museum of Egyptian Archaeology e no Natural History Museum; Licenciada em História e Arqueologia (Universidade de Ioannina, 1992).