Alice Neto de Sousa é, entre outros ofícios, uma poeta e dizedora de poesia, nascida em Portugal com raízes em Angola. No início do ano de 2022, o poema “Poeta” da sua autoria, dito pela primeira vez na 1a edição da PowerList 100 da Bantumen, conquistou as redes sociais e tem voado pelo mundo. Alice, foi poeta convidada para a abertura solene das comemorações oficiais dos 50 anos do 25 de Abril, onde apresentou o poema “Março” escrito a propósito da ocasião. Participou também como convidada na 20ª edição da Flip – Festival Literário Internacional de Paraty, no Brasil, na mesa “Palavra Livre”. Actualmente, é presença assídua no programa “Bem-Vindos” na RTP África, faz parte da bolsa de poetas da associação cultural “A Palavra”, escreve no jornal “Mensagem de Lisboa” e aprimora a palavra e a poesia nos palcos, procurando “afiar a língua” para temas sociais emergentes. Inquieta por natureza nas palavras e nas escolhas, gosta de liberdade de pensar e de sentir.

Alkantara é uma associação cultural sem fins lucrativos sediada em Lisboa. Acredita que as visões e pesquisas singulares de artistas podem contribuir para reflexões comuns e para o desenvolvimento de sociedades mais abertas, justas e atentas. Promove a porosidade entre a experimentação artística e os debates contemporâneos. Os projectos que desenvolve têm como ponto de partida práticas nas artes performativas – dança, teatro e performance – que se cruzam com outras áreas artísticas e de conhecimento, e proporcionam diálogos e relações com diferentes discursos e contextos contemporâneos.

André Murraças estudou Realização Plástica do Espectáculo na Escola Superior de Teatro e Cinema e acabou com distinção o Master of Arts in Scenography da Hogeschool voor de Kunsten, em Utrecht, na Holanda. Frequenta actualmente o mestrado de Ciências da Comunicação, da FCSH. Foi encenador, dramaturgo, cenógrafo e intérprete dos solos Sombras Andantes, Fronteiras, O Triângulo Cor-de-Rosa, O Criado, Fantasmas, Santos e Pecadores, Sex Zombie – a vida de Verónica Lake, Hollywood, One Night Only – uma rádio-conferência, Um Marido Ideal, Pour Homme, Swingers, As Peças Amorosas e As Palavras São o Meu Negócio. Escreveu também as peças Cabaret Repórter X, A Última Noite em que Dançámos Juntos, Império, 50 – Orlando, ouve, Todas as noites a mesma noite, Film Noir, Os Inconvenientes, CinemaScope e O Espelho do Narciso Gordo.  Encenou e cenografou Um Número, de Caryl Churchill, no Teatro da Trindade. Foi cenógrafo de espectáculos de Miguel Loureiro e da revista do centenário do teatro Maria Vitória e Parque Mayer. Trabalhou como redactor publicitário e foi guionista para televisão, estando até nomeado para um Emmy de tv. É o criador do “Queerquivo – um novo Arquivo LGBT Português”, com edição online e em livro. É o argumentista e realizador da primeira websérie gay portuguesa, Barba Rija, que conta com diversas presenças em festivais estrangeiros e prémios. Durante o confinamento criou outra websérie: Desabafos. A revista Mini Internacional considerou-o um dos mais promissores criativos da sua geração. É o responsável pelo projecto “Queering the Museum PT”, que propõe uma releitura das colecções dos museus portugueses e recuperar artistas queer nacionais esquecidos.

António Pedro Lopes trabalha como artista, programador cultural, curador e diretor artístico. Atualmente frequenta a pós-graduação em Gestão Cultural e Sustentabilidade na Universidade de Coimbra, e o MBA em Arts Innovation no Global Leaders Institute em Washington DC, com o apoio da FLAD – Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. É licenciado em Teatro pela Universidade de Évora, e diplomado em coreografia pelo Forum Dança. Em 2021-22, fez a coordenação e direção artística da candidatura de Ponta Delgada – Azores 2027 a Capital Europeia da Cultura. Em 2020, co-criou com Gui Garrido o centro cultural móvel MAPAS. Em 2019, co-fundou e foi co-curador do Fabric Arts Festival, em Fall River, nos Estados Unidos da América. Em 2014, co-fundou e foi co-diretor artístico do Tremor Festival, nos Açores. Dirigiu festivais e projetos de dança contemporânea, artes performativas e música em Portugal e na Europa, destacando: Skite/Sweet&Tender Porto (2008), Celebração (Culturgest, 2012) Meio Mundo Estrada Fora (Lisboa|Porto|Madrid|Paris, 2014), e a exposição Epicentro:Milagre (2020), no Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas. Como artista de dança e teatro, participou em dezenas de espetáculos, workshops, residências artísticas e conferências em todo o país e internacionalmente, colaborando com Jérôme Bel, João Fiadeiro, Marco Berrettini, Raquel André, Gustavo Ciríaco, entre outrxs. Trabalha com artistas, instituições e festivais como dramaturgo, consultor criativo e de comunicação. Dirigiu projetos comunitários, serviu de júri em candidaturas de projetos artísticos, ensinou coreografia e teatro, fez rádio e escreveu para publicações e processos artísticos. Participa regularmente em conversas e conferências relacionadas com música, práticas artísticas e a implementação de políticas culturais. É movido pelo afeto, a construção de uma comunidade, a colaboração, a possibilidade de experimentação e a criação de espaço para o outro.

Cláudia Galhós é especialista em artes performativas e escritora. Escreve desde 1994 sobre cultura em geral – e, em particular, sobre artes performativas e dança – em publicações como BLITZ, O Independente, Público, Jornal de Letras, NetParque (portal de cultura do Parque das Nações), Diário Económico, Dance Europe, Mouvement, Visão, entre outros. Escreve ainda sobre artes performativas para o semanário Expresso desde 2005. Para a televisão, foi editora do magazine cultural semanal “AGORA” (RTP2, 2012-2014); do magazine semanal de artes performativas “Palcos AGORA” (RTP2, 2015); e do suplemento semanal “Artes de Palco”, do programa “Magazine” da 2: (RTP, 2004-2006). É autora dos livros de ficção “Sensualistas” (2001); “Conto de Verão” (2002); “O Tempo das Cerejas” (2007), publicados pela editora Oficina do Livro/Leya. Tem diversos contos publicados em colectâneas em Portugal e no estrangeiro, e textos sobre teatro e dança em publicações estrangeiras, alguns apresentados em conferências internacionais. Na área da cultura em geral e dança em particular, publicou o livro “Corpo de Cordas – 10 anos de Companhia Paulo Ribeiro”, uma história biográfica de uma vida ligada à dança (ed. Assírio & Alvim, 2006) e o ensaio biográfico “Pina Bausch – Sentir Mais”, (ed. Don Quixote, 2010), “There is nothing that is beyond your imagination” (2015, no âmbito da rede europeia “Imagine 2020 – Art and Climate Change”, que reúne 10 teatros europeus, liderada pelo Kaaitheater, em Bruxelas), “15 anos do Espaço do Tempo” (2016, Centro Coreográfico de Montemor-o-Novo, de Rui Horta). Em 2021 lançou “Colher para Semear – 25 anos da GDA e 10 anos da Fundação GDA” (edição Fundação GDA).

Dori Nigro é performer e educador. Natural de Pernambuco, no Brasil, enveredou pelas artes, pelo teatro amador comunitário e acedeu aos estudos através das políticas de quotas raciais. Atualmente, desenvolve investigação no âmbito do doutoramento em arte contemporânea na Universidade de Coimbra. Fez mestrado em práticas artísticas contemporâneas, especialização em arte-educação, bacharelado em comunicação social e licenciatura em pedagogia. É membro do colectivo Tuia de Artifícios e da União Negra das Artes (UNA).

Graça Santa-Bárbara tem o curso de Pintura da Faculdade de Belas-Artes de Lisboa e foi professora de Artes Visuais no ensino público. Fez o Mestrado em Museologia e Património na Universidade Nova de Lisboa. Foi colaboradora na Rede Portuguesa de Museus / Instituto Português de Museus / Ministério da Cultura, na apreciação de candidaturas ao POC. Trabalhou em diferentes museus públicos de Lisboa – Museu de Ciência da Universidade de Lisboa, onde coordenou o projecto de recuperação e musealização do Laboratorio Chimico da Escola Politécnica; no Museu Nacional do Azulejo, Museu Nacional de Arte Antiga e Museu Nacional dos Coches, onde foi responsável pelas áreas da Comunicação e Divulgação. Foi membro da direcção da Comissão Nacional Portuguesa do Conselho Internacional de Museus-ICOM (ICOM Portugal). É sócia da Acesso Cultura e membro da Direcção.

Hugo Sousa é coordenador-geral na Claro – uma empresa que ajuda as outras organizações a comunicar em linguagem clara –, é membro da direção da Acesso Cultura e é consultor da Loja Lisboa Cultura na área da comunicação. Entre 2019 e 2022, integrou a comissão de avaliação e acompanhamento dos apoios atribuídos pela DGArtes. É licenciado em Geografia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (2002). Estudou Gestão e Produção das Artes do Espetáculo no Fórum Dança (2004). É pós-graduado em Culturas e Discursos Emergentes: da crítica às manifestações artísticas (2008) e em Ciências da Comunicação (2012), pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Colaborou em vários projetos na área da produção cultural. No Teatro O Bando (2005-2012), teve responsabilidades nas áreas da comunicação, projetos de financiamento e relações institucionais. Em 2012-2013, trabalhou nas áreas do desenvolvimento territorial e dos fundos europeus.

Isabel Craveiro é actriz, encenadora, pedagoga e directora artística do Teatrão. A sua formação de base conjuga o teatro, a pedagogia e a intervenção artística na comunidade. Da sua formação como actriz e encenadora, destaca as aprendizagens com Rogério de Carvalho, Antonio Mercado (Brasil/Portugal), Marco António Rodrigues (Brasil), Valentyn Teplyakov (Rússia) e João Mota. Da sua formação como pedagoga destaca os ensinamentos de Manuel Guerra, António Fonseca, Dragan Klaic (Sérvia). Tem feito formação noutras áreas, nomeadamente Cenografia com José Dias (Brasil) e Dramaturgia (Jorge Louraço Figueira). Interpretou e dirigiu textos de autores clássicos e contemporâneos para públicos infantis, jovens e adultos. Coordenou vários projectos de Teatro com a Comunidade desenhados e implementados em parceria com investigadores das ciências sociais (CES/UC) numa metodologia de investigação/acção. Desenha e coordena os programas do projecto pedagógico do Teatrão – Classes de Teatro, Detráspráfrente – Teatro e Memória, Aluvião, nomeadamente os projectos do programa PARTIS & ART FOR CHANGE – Bando à Parte e o programa actual A Meu Ver.

Joana Lobo Antunes é comunicadora de ciência, actualmente responsável pela comunicação do Instituto Superior Técnico e docente no Mestrado em Comunicação de Ciência da Universidade Nova de Lisboa. Foi responsável pelo Gabinete de Comunicação do Instituto de Tecnologia Química e Biológica ITQB NOVA, directora do Centro Ciência Viva de Sintra e investigadora pós-doc em Promoção e Administração de Ciência e Tecnologia na FCSH e ITQB NOVA. Coordena os projetos de divulgação de ciência “90 segundos de ciência” e “110 histórias, 110 objetos”, entre outros.

Jorge Sobrado é director do Museu e das e das Bibliotecas Municipais do Porto. Licenciado em Ciências da Comunicação, tem dedicado a sua vida profissional a projectos e serviços de comunicação pública e marketing territorial, Cultura, Património e Turismo. Entre Outubro de 2017 e Fevereiro de 2021, foi Vereador da Cultura e Ciência, Património, Turismo e Marketing Territorial do Município de Viseu. Nesse contexto, lançou projetos e serviços como o “VisitViseu.pt”, o “Museu de História da Cidade” e o Polo Arqueológico de Viseu e foi responsável pela criação e programação de diversos eventos, como o festival literário “Tinto no Branco” e o Festival de Street Art de Viseu “Tons da Primavera”. É Professor Auxiliar Convidado da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e é também docente da Coimbra Business School, na pós-gradução. É formador em Comunicação de Políticas Públicas, Marketing Territorial, Protocolo e Organização de Eventos.

Paula Cardoso é fundadora da comunidade digital “Afrolink”, que visibiliza profissionais africanos e afrodescendentes residentes em Portugal ou com ligações ao país, é também autora da série de livros infantis “Força Africana”, projetos desenvolvidos para promover uma maior representatividade negra na sociedade portuguesa. Com o mesmo propósito, faz parte da equipa do talk-show online “O Lado Negro da Força”, e apresentou a segunda temporada do “Black Excellence Talk Series”, formato transmitido na RTP África. É natural de Moçambique, licenciou-se em Relações Internacionais e trabalhou como jornalista durante 17 anos, percurso iniciado na revista Visão. Assina a crónica “Mutuacção” no Setenta e Quatro, projeto digital de jornalismo de investigação, é uma das cronistas do Gerador. Em Março de 2022 foi distinguida pela Euclid NetWork como uma das “Top 100 Women In Social Enterprise” da Europa.

Richard Sandell é professor de Museologia e co-director do Research Centre for Museums and Galleries (RCMG) da Universidade de Leicester. Por meio do RCMG, colabora com instituições culturais em projectos que estimulam novos pensamentos e práticas criativas, permitindo que se tornem mais ambiciosos e impactantes na criação de sociedades mais igualitárias. Colaborações recentes moldaram importantes desenvolvimentos em exposições – como “Being Human” na Wellcome Collection em Londres e “Permissible Beauty”, uma ousada reimaginação do Black Queer da história nacional com Historic Royal Palaces, National Trust e English Heritage. Faz parte da equipa que desenvolveu o “Everywhere and Nowhere” – uma colaboração entre o RCMG e a National Trust, que explora como as histórias de deficiência podem ser pesquisadas e apresentadas de forma ética. Em 2017, publicou “Museums, Moralities and Human Rights”, que explora como museus, galerias e a área do património em geral – por meio das narrativas que constrõem e apresentam publicamente – contribuem para moldar o clima moral e político em que os direitos humanos são vivenciado. Em 2019, publicou uma importante colecção editada internacionalmente – “Museum Activism”, com Robert Janes – que explora a “virada activista” no pensamento e na prática do museu e defende o museu com propósito social.

Sara Antónia Matos é Directora do Atelier-Museu Júlio Pomar e das Galerias Municipais/Egeac. É, igualmente, coordenadora técnico-científica do Banco de Arte Contemporânea – BAC. É formada em Escultura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, Mestre em Estudos Curatoriais e Doutorada com a tese “Da Escultura à Espacialidade” na mesma Universidade. Continua associada à academia através do centro de investigação do IHA da FCSH -NOVA, grupo: MUST – Museum Studies, a orientar teses académicas ou estágios no âmbito do Banco de Arte Contemporânea. É curadora desde 2006 tendo apresentado exposições em várias instituições, desde a Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Carmona e Costa, Museu Berardo, MACE, MAAT-Fundação, EDP, SNBA, etc. De 2012 a 2015 foi membro da Direção da AICA/SP (Associação Internacional de Críticos de Arte/Secção Portuguesa) à qual continua associada, e é Júri de vários prémios, nomeadamente para bolsas de investigação e residências artísticas. Publica regularmente ensaios sobre arte, em catálogos e revistas da especialidade, tendo publicado mais de duas centenas de textos e coordena a coleção Cadernos do Atelier-Museu. Foi docente convidada da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa e coordenadora do Curso de Escultura do Ar.Co., em Lisboa

Sara Cura é arqueóloga, Mestre em Préhistoire, Anthropologie et Ethnologie pela Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne e Doutorada em Quaternário, Materiais e Cultura pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Entre 2003 e 2020 trabalhou no Museu de Arte Pré-Histórica de Mação e foi Professora Convidada do Instituto Politécnico de Tomar. Durante esse período desenvolveu intensa atividade de pesquisa em Pré-História, Museologia, Património e Educação Patrimonial. É autora de artigos, capítulos de livros e edição de livros nacionais e internacionais nas áreas mencionadas.

Sónia Teles Fernandes O Avô era alfaiate. O Pai cresceu a ver roupa desenhada com esquadros, réguas, linhas curvas e muita mestria. Giz em pano, a dar vida a formas  que o olho destreinado não conseguiria perceber ali naquela mesa. Talvez por isso tenha seguido Arquitectura. Diz-se um “artista falhado”. A Sónia cresceu a ver prédios e casas desenhadas com esquadros, réguas, linhas curvas e muita mestria. Caneta em papel, a dar forma a vidas que o olho destreinado não conseguiria ver ali naquele estirador. É chamada de “criativa”. Tem ideias a mais. Vai fazendo e criando a toque de “porque não?”. Foi assim que criou o seu evento sobre Falhanços, o World Failurists Congress, consciente, no entanto, que esse “porque não?” era mais um “porque alguém tem de o fazer”. Não tem soluções; mas faz muitas e boas perguntas na esperança de que cada pessoa encontre as suas.

Vânia Carvalho é licenciada em História, variante Arqueologia; mestre em Evolução e Biologia Humanas e com Diploma de Estudos Avançados em Turismo, Lazer e Cultura, pela Universidade de Coimbra. Integra, desde 2006, a equipa do Município de Leiria. Coordena o Centro de Diálogo Intercultural de Leiria, o Centro de Interpretação do Abrigo do Lagar Velho, e o Museu de Leiria. É responsável científica por projetos de investigação arqueológica, entre os quais, do Castelo de Leiria e Carta Arqueológica concelhia.

P.S. Todos os dias tenta encontrar soluções para tornar os museus em casas mais acolhedoras e inclusivas. E falha muitas vezes…

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