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Em Portugal, especial atenção tem sido dada nos últimos anos ao acesso das pessoas com deficiência à oferta cultural. Com a implementação de serviços como a interpretação em Língua Gestual Portuguesa (LGP), a audiodescrição (AD) ou as sessões descontraídas (SD), vários (mais ainda poucos) espaços culturais e artistas procuram criar condições de acesso para que pessoas com necessidades específicas, assim como os seus familiares e amigos, possam juntos usufruir da oferta. Um outro aspecto, com menor expressão ainda em Portugal, é aquele que procura incluir as pessoas com deficiência nas equipas dos espaços culturais ou programá-las como artistas. Estas questões estão interligadas: ter acesso a um espaço cultural e à sua oferta, conhecer, usufruir e talvez considerar uma carreira nessa área.
É, ainda, necessário compreendermos que a acessibilidade e a inclusão não são da responsabilidade de uma pessoa na equipa. Mesmo que exista alguém (e é desejável que exista) para coordenar estas questões, sobretudo em grandes e médias organizações culturais, qualquer membro da equipa tem um contributo a dar na criação de uma ambiente acessível e inclusivo.
São estes os diversos aspectos do trabalho de uma organização cultural que procuraremos abordar. Quando a inclusão e a diversidade são vistas de uma forma mais holística, surgem múltiplas e diversas oportunidades criativas.
Público-alvo
Pessoas que trabalham nas áreas de Gestão Cultural, Produção, Comunicação, Técnica, Programação, Mediação Cultural, Direcção Artística.
Nota biográfica
Maria Vlachou é consultora em Gestão e Comunicação Cultural. Membro fundador e Directora Executiva da associação Acesso Cultura. Autora do blog Musing on Culture (e do livro homónimo), onde escreve sobre cultura, gestão e comunicação cultural, públicos, acesso. Gestora da página de Facebook Museum texts / Textos em Museus e co-gestora do blog Museums and Migration. Participou no projecto europeu RESHAPE – Reflect, Share, Practice, Experiment, sendo membro do grupo “Arts and Citizenship”. Foi Directora de Comunicação do São Luiz Teatro Municipal (2006-2012) e Responsável de Comunicação do Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva (2001-2006). Membro dos corpos gerentes do ICOM Portugal (2005-2014) e editora do seu boletim. Foi consultora do Museu Arpad Szenes – Vieira da Silva e da Comissão Cultural da Marinha. Colaborou com os programas Descobrir e Próximo Futuro da Fundação Calouste Gulbenkian. Fellow e membro do ISPA – International Society for the Performing Arts (2018, 2020). Alumna do DeVos Institute of Arts Management at the Kennedy Center for the Performing Arts (Washington, 2011-2013); Mestre em Museologia pela University College London (1994), tendo realizado estágios no Petrie Museum of Egyptian Archaeology e no Natural History Museum; Licenciada em História e Arqueologia (Universidade de Ioannina, 1992).
